Esta semana tive uma conversa bem interessante com um presbítero em disponibilidade e no meio da prosa surgiu o assunto das atas de uma Igreja ( I.P.B.) e eu comentei com ele minha "mania" de ler os livros de atas das igrejas por onde passei, especialmente para ler o que não está escrito. ( risos)
Ele ficou surpreso e sua expressão me fez refletir que estava falando algo que necessitava de explicação, diante disto, decidi também postar aqui o que penso a respeito do assunto e, sendo do proveito para a sua realidade, use de minhas considerações como quiser, altere, incremente, ou simplesmente desconsidere. Isto não é norma conciliar é tão somente o compartilhar de algo que tenho aprendido através dos anos!
Primeira coisa que reparo e no histórico de organização daquela igreja; quantos anos levou desde o início do trabalho até a organização e quantos obreiros passaram; se houve momento de inatividade, divisões etc.
Na sequência a proporcionalidade do número de homens e de oficiais eleitos; se os pastores que por ali passaram foram eleito ou designados pelo concílio ( presbíterio); se houve algum plano de ação pastoral implementado oficialmente; se os presbíteros regentes prestaram relatório de suas atividades; se os diáconos participaram de algumas reuniões administrativas; se a igreja tem exercido a disciplina bíblica de forma piedosa e correta.
Ah! E ainda tem os "benditos" orçamentos anuais que dizem muito mais com o que não contemplam do que com suas verbas destinadas a tantos fins secundários aos propósitos da igreja do Senhor Jesus.
EXEMPLIFICANDO:
1 - Um campo que somente conseguiu organizar-se em igreja após 30 anos do início das atividades, numa cidade onde o crescimento médio foi acima de 5%¨ao ano; aonde igrejas irmãs conseguiram uma expansão singular; um município e/ou bairro com pleno desenvolvimento econômico, urbano, etc.; e ainda, por onde a média do tempo dos obreiros que por ali passaram foi de 2 anos, que por mais de uma vez ficaram sem obreiro por período superior a 11 meses; enfim, IGNORAR tudo isto é no mínimo ingenuidade eclesiástica. Claramente esta história faz parte da vida daquela nova comunidade, que pode ter superado; ou ainda ter reflexos dela em seu novo contexto.
Além, é claro, se foi bem instruida para FUNCIONAR como uma IPB organizada!
2 - Uma igreja que, com mais de 300 membros tem somente três presbíteros e um pastor, isto por mais de 20 anos, que neste tempo cresceu a média de 5% ao ano; especialmente, com membros novos!
Aparentemente é um "time" de vencedores; mas será mesmo!?
Eu defendo a tese de "Jetro" sogro de Moisés(Êxodo 18), chegando até os "chefes de 10"; ou seja, de um presbítero regente para cada dez casas, e um pastor para cada 10 presbíteros, os diáconos na mesma proporção dos presbíteros ou superior!
Penso ainda que deveria ser designado um número de lares para cada oficial ficar responsável e PRESTAR contas nas reuniões de liderança; podendo ainda, realizar um rodízio desta tutela, de forma semestral, ou anual!
IGREJA que é igreja de Deus, tem servos e não DONOS; só JESUS pode ser o DONO DA IGREJA QUE, além do mais, É DELE; os líderes são servos dos servos de Deus e nunca pode ser um reduto de sedentos por poder e status de "coronel" junto aos fiéis; pelo contrário, deve contar sempre com apresso dos crentes e o máximo de respeito por causa do valor que possuem para suas vidas!!!!
3 - DINHEIRO - para que dinheiro ????
Lembro de um pregador que disse claramente que "dinheiro na Bíblia é algo altamente espiritual"; especialmente, penso eu, as contribuições dos fiéis.
Irmãos, é uma tremenda responsabilidade GERIR os recursos apresentados e consagrados para "Obra", neste sentido, o ORÇAMENTO revelará o foco do Conselho nesta gerência, pensemos alguns casos:
3.1 - Uma igreja com orçamento previsto de dízimos/ofertas de R$ 100.000,00 para o ano, realiza de fato o valor de R$ 155.000,00; no relatório de remessas dos dízimos ao Supremo Concílio consta o envio de R$ 7.500,00 no ano; oras, ou os responsáveis tem grande dificuldade na área de exatas (matemática) logo nem poderiam estar gerindo os recursos financeiros da igreja; ou realmente existe algo mais grave nesta IPB; que gosta de levar o nome da denominação, mas - aparentemente, recusa-se a ser fiel. PERGUNTO: como podem eles falar de fidelidade com os membros da igreja????
3.2 - As "famosas" verbas para evangelização e missões; usando o contexto acima, de R$ 2.000,00, NO ANO , foi utilizada para pagar as despesas de viagens do pastor a um Congresso de Missões no litoral, em pleno verão!!!! LONGE de mim de levantar qualquer suspeito sobre o "colega", mas poderia ser feito pelo menos com outras verbas. E o que é pior, no evento de 3 dias, e com 6 reuniões gerais, o colega esteve somente em 1(uma só), no último dia, e alega que esteve fazendo contatos para trazer pregadores ministrarem a igreja sobre missões!!!
3.3 - Negocia-se durante mais de 5 horas uma redução das côngruas pastorais abaixo do mínimo estabelecido pela IPB; e na mesma reunião decide-se uma verbas de modernização do sistema de refrigeração do templo ( ar condicionado), trocando todos equipamentos atuais por outros - uma bagatela de R$ 45.000,00, em 9 vezes com acréscimos de mercado!!!!!!!!
Mesmo que a coisa não seja tão "dramática assim"; mas o ORÇAMENTO DE UMA IGREJA diz muito, e as vezes, muito mais do que está ESCRITO ali!!!!
LONGE DE MIM ser juíz de meus pares, e das santas igrejas do Senhor; SÓ ELE É O VERO JUIZ; mas tem coisas que podemos julgar sim, pois estão escancaradas; e nestas, se formos omissos, ELE pedirá contas a todos; especialmente ao líderes, do seu procedimento.
Tem atas que poderiam até serem padronizadas ao tirarem os nomes locais e deixarem em branco para que qualquer uma possa usar; ou seja, os mesmos problemas, em várias igrejas e decisões "inócuos" que só "empurram" para frente ou para "debaixo do tapete" as coisas que precisavam ser RESOLVIDAS.
Alguém sabiamente poderia me alertar - e aceito, "mas aí é questões de leitura e interpretação" , especialmente da história ali contada ou omitida; CONCORDO, e não quero de modo algum generalizar; mas , então, julgue você mesmo os casos que tem conhecimento e avalie se algumas das considerações acima tem acontecimento ou não!
Por fim, só me recuso a acreditar em "falha intencional"; prefiro supor, quando vejo alguns absurdos, que foi realmente um descuido ou algo assim; um momento de "carnalidade", e que o retorno a sensatez fluirá novamente; que DEUS será glorificado nas correções; confissões e ajustes!
ATAS - ler além do que está escrito não é tão difícil assim, basta querer e ter coragem para "bradar" contra aquilo que DEUS FOR CONTRA e somar com tudo que o SENHOR em sua Santa Palavra - ordena!
Há sempre PAZ em Jesus - o Cristo!
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